quarta-feira, 30 de junho de 2010

Inúmeras vezes paro em frente ao computador com sua foto aberta.
Vem-me tanta coisa para escrever, falar, que até mesmo eu desconheço tal força.
Sentimentos tão vivos dentro de mim, que precisam se manter escondidos, omissos.
É tão difícil suportar, e você nem sabe, ou talvez, nem se importe com tudo isso.

E por tantas e tantas vezes em que paro aqui e não consigo livrar uma palavra se quer de mim;
Por tantas vezes em que paro aqui e me vejo sem saber o que fazer;
Por tantas e tantas vezes em que paro aqui e não vejo saída para mim;
Por tantas e tantas outras vezes em que paro aqui e sem querer me pego com lágrimas transbordando sob meus olhos;
Por todas as vezes em que te vejo, tendo que engolir os sentimentos que transparecem através do meu sorriso;
Por todas as vezes em que preciso desviar o olhar por não poder lhe mostrar o quanto é difícil te ver, só te ver;
Por todas as vezes em que guardei o que eu queria;
Por todas as vezes em que tive de fingir estar feliz para não demonstrar tal derrota;
Por todas as vezes em que engoli o choro ao te ver de mãos dadas com ela, sorrindo com ela ou simplesmente com ela;
Por todas as vezes em que eu me mantive - e ainda mantenho-me - forte;
Por todas essas e tantas outras vezes, eu me questiono, 
será que vale a pena esperar mais?



Eu acredito que sim - ou só quero acreditar.
Mas talvez seja por isso que, apesar de tudo, eu ainda me esforço por um sorriso teu. Mesmo que ele nunca seja meu. 
Eu continuo a esperar...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Para escrever, é preciso inspiração.
Bem, você é minha inspiração secreta, ou nem tão secreta assim, mas isso pouco importa... Importa-me você, apenas.
Você, você, você, você, você... É impossível parar de pensar! E isso me cansa, me machuca, me faz perder a noção do que é certo fazer, perder a noção do que eu não posso e não devo fazer. Se tivesse seguido meus instintos, já teria jogado tudo para trás, e estaria contigo agora. Ou não. Mas ao menos, nesse instante, você não estaria com mais ninguém, aposto.

Porém, se te ver "feliz", é te ver de longe, com ela, é assim que vai ser. Eu faria isso, se é assim que você - mesmo sabendo e confessando-me que não há sentimento - quer viver, temporariamente.
Só não ligue se vez em quando eu cometer alguns deslizes, eles são quase incontroláveis perto de ti, e eu já não estou afim de ser forte e guardar, qualquer que seja o problema que o mesmo irá causar.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Ela queria garantir que tudo está bem. Que, após o tal "choque", aos poucos a dor aliviaria com uma cicatriz. Mas quando tudo parece estar aliviando, a próxima semana chega, e é preciso encarar tudo de novo.
Ela queria tanto não precisar sorrir uma mentira, falar forçadamente... Queria tanto não precisar encarar a próxima semana, a próxima terça, a próxima hora do dia.
Ou da noite, que chega sempre para mostrar o quão inevitável esse sentimentalismo idiota é. E essa hora, é tão ruim quanto a do dia.
Ali, trancada nos próprios pensamentos, por mais que tente segurar, as lágrimas se libertam. Ela tenta secá-las rapidamente, mentindo pra si mesma o quanto suporta tudo isso, o quanto é forte, tentando de todas as maneiras fazer-se acreditar nisso. E por segundos, ela acredita, que no dia seguinte, irá acordar, lembrando desse terrível pesadelo...
Mas isso nunca acaba, ela nunca acorda. E por vezes, quando realmente percebe que isso não é um pesadelo, um desespero invade... Lágrimas, canções ou palavras não são o suficiente para acalmá-la, aliviá-la. Perde o rumo, o sentido. Não sabe o que fazer da própria vida.
Só sabe esperar, em todas essas noites de desespero, que o dia seguinte seja diferente...
Mas nunca é. E assim, em uma monotonia desesperadora - que é o que se tornou os seus dias, e noites -, ela tenta seguir. Tenta.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Que eu me lembre, nada tão forte havia me deixado assim; sem saber o que fazer, diante de tantas opções.