Sensações...

"Era tarde ou cedo demais, mas agora, nunca mais saberemos.

Então, porque todo esse mártir?

Queria apenas entender essas coisas...

Essa estranha sensação de culpa por estar onde está;

Ou então, aquela sensação completamente estranha a si mesma;

Aquela sensação de não reconhecer a si mesma, de tremer por inteiro, dos pés à cabeça, num calor de 40°C;

De esquecer como se respira, esquecer a letra da música e ter de reaprender a tocar;

De esquecer as palavras ou de falar coisas sem nexo;

E aquela sensação de ter feito a coisa certa na hora errada...

Ou a coisa errada, na hora errada...

É errado? Foi errado?

E essas entranhas vontades que fazem querer errar novamente?

E aquela sensação de “nunca mais farei” que se afoga no meio daquele verde mar profundo?!

A estranha sensação de escrever, escrever, escrever, como se fosse mudar alguma coisa, que reaparece cada novo ‘escrever’?!

[...]"

Meus pensamentos, às vezes, me assustam.

"Não te perdoo por você."

Parecia que iria passar, já que você fez questão de não ser homem o suficiente pra cumprir com sua palavra, eu iria ficar decepcionada com quem você é e desistiria de correr por você. Mas isso é estranho. Sim, estou desapontada com quem você mostrou ser e “desisti” de você, mas não dá pra deixar de sentir tudo que sinto. Droga! Odeio-me por sentir isso, ainda mais por saber - é EU SEI - que não vai acontecer NADA!

O que se passa na minha cabeça pra ficar sentindo essas coisas?
[...] E que pergunta foi essa? Como é que alguém controla o que sente?

Não é mais nem o fato de gostar de você, porque o conformismo de não poder ficar com você é tão grande que não conta mais... Mas é o fato de saber de tudo, conformar-se com tudo - mesmo que não aceite - e sentir tudo que sinto. SHIT, eu sinto! É chato sentir tudo isso, estando conformada por não ter. Sabe aquela sensação horrível de 'não posso ter'? Pois é. Seria mais fácil se fosse algo descartável, mesmo que você possa ser deixado de lado, não dá, simplesmente não sei te deixar de lado, quando sinto tudo que sinto.
Aonde foi que você começou a fazer parte dos meus textos? Aonde foi que eu parei de escrever histórias de um blog e comecei a escrever você? Aonde foi parar aquilo que me preenchia, ou pelo menos me enganava? Aonde foi parar aquela vida tranquila e monótona fácil de levar, aquela vida que eu não cansava por correr tanto atrás de saber onde estava você? Aonde foi, em que parte dessa corrida, eu me perdi, me deixei pra trás e acabei me esquecendo?

Eu não tinha essa vida. Eu não me perguntava esse tipo de coisa. Eu, por mais que não fosse feliz, não 'sofria'. E isso era o mínimo que eu conseguia, até você aparecer e estragar tudo. Claro que eu não vou te culpar por aparecer, mas vou por você estragar as minhas ilusões, estragar minhas ideias, por ter duas caras, por falar e não fazer, iludir e em silêncio, abandonar o barco, me deixando a mercê de morrer afogada.

Mas eu não morri. Mesmo sozinha, eu remei até chegar à costa. Passei por você e sobrevivi. E agora, não te perdoo. E isso tudo, sempre por você. 

"Talvez eu acredite mais do que deveria acreditar ...
Talvez eu queira mais do que deveria querer ...
Talvez eu dê mais do que deveria dar ...
Talvez eu não devesse simplesmente me render!
Talvez..."


- Desconheço o autor.
Porém, talvez ele explique o que eu sinto. Talvez... talvez!

Não sei mais o que posso fazer... Ter o seu amor, já não posso ter.
Me precipitei, não pensei, fui lá e fiz; Se eu pudesse, eu faria diferente, talvez assim, algo mudaria entre a gente...
Não dá pra mudar o que foi feito antes, mas ainda dá pra inventar um depois...
Não precisamos ficar nessa história de quem não quer nada, como quem não sente nada.
...Enquanto sempre paro de escrever na metade, por falta de palavras, por falta de inspiração, por falta de você e do seu coração!

"São só pensamentos soltos, traduzidos em palavras pra que você possa entender o que eu também não entendo..."
Mas, e pra quê?
Você nunca vai ler... Você nunca vai saber!

- Pode não ter sentido para muitas pessoas, mas não é necessário entender.
Basta sentir.

Hey, não deixa isso acontecer!

Eu quero poder me lembrar do seu abraço, do seu beijo...
Eu quero poder dizer o quanto eu quis você,
o quanto lutei por você, o quanto tentei e tentei,
o quanto eu sonhei em estar ali, onde estara,
nos seus braços, lhe contando meus segredos...
Que pelo visto, não são segredos, não é leitor(a)?

Não deixa isso ficar só na imaginação;
não deixa eu ficar pensando que é impossível,
enquanto insistentemente tento lhe mostrar que não;
não me deixa acreditar que aquela vez foi real;
não me deixa acreditar em finais;
não me deixa aqui sozinha;
não se deixe enganar pelo tempo;
não deixa isso passar;
não deixa isso acontecer;
não deixa isso se perder!

Sem entender.

Preguiça até para respirar.
Vontade de fugir e correr,
para poder nos teus braços descansar.
Vontade de responder àquele sorriso
que nem meu é.
Vontade de pedir para acordar;
o pra sempre, sempre acaba e não quero esperar.
Quero poder dizer as coisas estranhas que ando pensando,
sabendo que vai rir, talvez sorrir,
sentindo e escondendo o mesmo que eu.
Sem querer se entregar,
vai viver a vida à fugir,
daquele sentimento que eu fiz despertar!
Negue pelo resto da vida,
que pelo resto da vida aqui estarei;
mas não tente me enganar,
sei o que sentes e por isso vou lutar.
Lutar sozinha por algo que deveria ser recíproco,
simples e fácil de sentir, ser e ter,
mesmo sem entender.